É cada vez maior a preocupação com a sustentabilidade das obras. O meio ambiente agradece!
Considerando o impacto nocivo das pegadas deixadas pela construção civil, a pintura imobiliária tem um importante papel nas ações para minimizar os prejuízos causados ao planeta.
Este papel começa no processo de fabricação da tinta, passa pela aplicação da pintura, destinação dos resíduos e chega até o usuário final.
É um caminho longo e cada passo tem oportunidades para o aprimoramento.
Abaixo elenco os 4 passos de maior impacto neste caminho.
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1. Compostos Orgânicos Voláteis (VOC)
Lá no início, na fabricação da tinta, a meta principal é reduzir os Compostos Orgânicos Voláteis (VOC, sigla em inglês).
Presente nos produtos à base de solventes, este item é de extrema importância pois impacta em diversas etapas da cadeia da pintura.
Na produção e na aplicação a preocupação é com a saúde do trabalhador. Quando expostos por períodos prolongado ao VOC, fabricantes e pintores podem apresentar problemas respiratórios, irritação nos olhos e dor de cabeça.
No descarte, a destinação incorreta dos resíduos tem alto poder de contaminação do solo e cursos d’água.
A indústria da pintura está atenta e empenhada na busca de alternativas, através da produção de tintas à base de água, cuidados na gestão de recursos durante a fabricação e também na responsabilidade sócio ambiental, conforme diretrizes estabelecidas no programa Coating Care, implementado no Brasil pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati).
Por isso, além de estar atento à composição das tintas, também é importante comprar produtos de fabricantes certificados.
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2. Especificação da tinta
Na escolha da pintura, o papel da tinta na sustentabilidade está relacionado principalmente à sua contribuição na economia de energia elétrica.
Externamente, o uso de cores claras nas fachadas e telhados auxiliam na reflexão da luz. Essa medida contribui para redução da absorção de calor e, como consequência, menor necessidade de uso de sistemas de refrigeração.
Internamente, a adoção de cores claras associadas à iluminação natural, auxiliam na dispersão da luz solar. Essa solução diminui a necessidade de uso de lâmpadas ao longo do dia.
Para locais onde a absorção de calor é desejada, como estufas ou sistemas de aquecimento, o contrário também se aplica. Cores escuras ajudarão na retenção do calor da luz solar que incidir sobre a superfície pintada.
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3. Resíduos e embalagens
Com relação aos resíduos, a atenção está na sobra de produtos e na destinação da embalagem.
Aqui a primeira providência é evitar sobra de tinta, fazendo um levantamento quantitativo rigoroso e controlando o consumo no canteiro. Se mesmo com o controle houver sobra de tinta aberta, nunca se deve jogar fora em água corrente, esgoto ou sistema de águas pluviais.
Nestes casos, as melhores opções são a doação do material excedente; o estoque para uso futuro, observando o prazo de validade; ou a mistura do material e aproveitamento na pintura de tapumes e barracões de obra, por exemplo.
Se esses destinos não forem possíveis, as tintas e complementos à base d’água poderão ser descartados na caçamba de entulhos “Classe A”, após estarem secas. Já as tintas e complementos com base solvente “Classe D” deverão ter destinação apropriada conforme norma específica e indicação do fabricante.
No caso das embalagens “Classe B” a destinação deve ser sempre a reciclagem, tanto para as embalagens de plástico e papelão como para as latas de aço, sendo que esta última pode ser enviada ao programa Prolata, que faz a destinação ambientalmente adequada.
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4. Durabilidade
Além disso, como o principal papel da pintura é a proteção do substrato, a correta aplicação e a adoção de materiais de qualidade contribuem com a maior durabilidade da obra.
E durabilidade é sinônimo de sustentabilidade. Quanto maior a vida útil da construção, menores são seus custos econômicos e ambientais.
Resumidamente, as principais iniciativas para contribuir com a sustentabilidade no setor de pintura são:
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Especificar produtos à base de água produzidos por industrias certificadas;
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Adotar o uso de cores claras;
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Evitar o desperdício de material, descartar corretamente as sobras e reciclar as embalagens;
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Aplicar corretamente e usar materiais de qualidade, visando a maior durabilidade da pintura.
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Se cada setor fizer a sua parte, podemos juntos diminuir as pegadas da construção civil no planeta.
Ficou com dúvidas? Sinta-se à vontade para comentar ou enviar perguntas!
Fontes:
Sebrae, CBCS, Paintshow, Abrafati
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